quarta-feira, 27 de julho de 2011

Visita a Aliança e Timbaúba (Parte 2)

  A outra estação visitada pelo MFPE no dia 18 de Julho de 2011 foi Timbaúba. Como constatamos em nossa visita, o pátio da estação é bem amplo, com três linhas e vários itens, demonstrando o quanto essa estação era importante. A mesma foi inaugurada no ano de 1888 e ficou como ponta de linha desta ferrovia até o ano de 1900 quando foi inaugurada a estação de Rosa e Silva (a última em território pernambucano) que permitiu a ligação com a Paraíba.
  Há anos trens de passageiros já não passam em Timbaúba, apenas os raros cargueiros da Transnordestina Logística.
Sinaleira próximo ao início da plataforma de passageiros de Timbaúba. (Foto: Arquivo pessoal - Julho de 2011).

Vista do pátio de Timbaúba. (Foto: Arquivo pessoal - Julho de 2011).

Velha caixa d'água da estação, dos tempos da Great Western. (Foto: Arquivo pessoal - Julho de 2011).

A estação de Timbaúba. 9Foto: Arquivo pessoal - Julho de 2011).

A estação também possui uma plataforma central. Na foto ela está do lado esquerdo, coberta pelo mato. (Foto: Arquivo pessoal - Julho de 2011).


Essa plataforma ao fundo, fica sobre os trilhos da terceira linha do pátio. Ao que me parece, servia para carregar os vagões de carga, que ficavam embaixo e os caminhões, de cima, deixavam suas cargas. Na foto abaixo, pode-se notar as aberturas no piso dessa plataforma. (Fotos: Arquivo pessoal: Julho de 2011).

A casa do chefe. (Foto: Arquivo pessoal: Julho de 2011).
  Haviam desvios que partiam da linha alguns metros após o pátio, circulava a casa do chefe dando acesso a algumas casas da ferrovia (como garagem para autos de linha) e retornava a linha já pátio.
Nesta foto, o desvio (de baixo para cima), saindo da linha. Do lado esquerdo está o muro da casa do agente, à direita uma praça. Como pode-se notar nos pequenos desvios em direção a praça, a mesma foi construída no local onde haviam casas de apoio da ferrovia. (Foto: Arquivo pessoal - Julho de 2011).

De outro ângulo o desvio e uma garagem para autos de linha. (Foto: Arquivo pessoal - Julho de 2011).
   Abaixo, um esquema do pátio da estação de Timbaúba.
Arquivo pessoal - Julho de 2011.

   Felizmente, o prédio da estação está razoavelmente preservado. Como aqui só passam cargueiros, resta só a lembrança do saudoso trem de passageiros "Asa Branca" que rumava para a Paraíba.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Visita a Aliança e Timbaúba (Parte 1)

  Nesta segunda-feira (18 de Julho), aproveitando uma folga, fomos visitar as estações de Timbaúba, Aliança e Pureza na Linha Norte, situadas na Mata Norte. Das três estações só não visitamos Pureza pelo fato de o acesso a esta estar precário por conta das chuvas
 Em Aliança, logo avistamos a estação na entrada da cidade. O centro deste município é bem limpo e organizado, porém essas boas características não se refletem na antiga estação ferroviária. Esta, por sua vez, foi inaugurada pela Great Western em 1º de Janeiro de 1883. Serviu a tal cidade durante anos para embarque e desembarque de cargas e passageiros sendo desativada na década de 1980. Segundo Rodrigo Cabredo, em texto publicado no site Estações Ferroviárias do Brasil, em 2005, a já extinta Rede Ferroviária Federal pagava a um certo Seu José para que ele ficasse durante o dia cuidando da estação para mantê-la livre de invasores e o estado da estação nessa época estava razoável. Seis anos depois (2011), o MFPE foi até lá conferir essa estação que está bastante degradada, sem ninguém tomando conta.
A estação em 2005. (Foto: Rodrigo Cabredo - retirada do site Estações Ferroviárias do Brasil).

A estação em 2005. ( Foto: Rodrigo Cabredo - retirada do site Estações Ferroviárias do Brasil).
    O cenário onde se encontra a estação é bem calmo: canaviais, um rio passando logo abaixo, árvores. A estação se encontra arruinada, tanto o prédio principal como o armazém estão destelhados e tomados pelo mato. A caixa d'água que ainda pode-se ver numa das fotos acima já não existe mais. A linha é utilizada ainda pela Transnordestina Logística da qual nem um auto de linha vimos passar. 
  A estação, por ficar bem na entrada da cidade de Aliança poderia ser um ponto turístico, mas infelizmente encontra-se arruinada. É mais história sendo jogada fora.
  Veja agora as fotos que tiramos para comparar com as de seis anos atrás.
A estação em Julho de 2011, arruinada. A caixa d'água já não se vê ao fundo. (Foto: Arquivo pessoal - Julho de 2011).

O velho armazém tomado pelo mato. (Foto: Arquivo pessoal - Julho de 2011).

Área de embarque com sua cobertura retirada. (Foto: Arquivo pessoal - Julho de 2011).

A saída do desvio foi o que restou da antiga caixa d'água. (Foto: Arquivo pessoal - Julho de 2011).

A estação de um outro ângulo, sentido Recife. (Foto: Arquivo pessoal - Julho de 2011).

O dístico da estação ainda resiste a ação do tempo, ainda com o símbolo da velha R.F.F.S.A. (Foto: Arquivo pessoal - Julho de 2011).

O pátio da estação tomado pelo mato. Acredite, essa linha é operacional. (Foto: Arquivo pessoal - Julho de 2011).

A estação vista da escada de acesso à cidade. (Foto: Arquivo pessoal - Julho de 2011).

terça-feira, 12 de julho de 2011

Estação Albuquerque Né

Fonte: Site Estações Ferroviárias do Brasil.

  Ao buscar por "novas fotos antigas" de nossas ferrovias, me deparei com uma foto no site "Estações Ferroviárias do Brasil"  que me chamou muito a atenção, da pequena estação de Albuquerque Né. Na foto (ao lado), vê-se a provável inauguração da edificação, com muita gente rodeando a plataforma, uma bandinha tocando. O ano é 1941. A G.W.B.R. ainda era a concessionária da Linha.
  Albuquerque Né, mesmo não sendo tão grande, ficou sendo ponta de linha até o ano de 1947, quando foi aberta a estação seguinte, Irajaí. Foi desativada no início dos anos 1980.
  O que mais me tocou foi comparar a foto com as que tiramos de passagem por lá em Janeiro de 2010. Esta edificação, onde muitos embarcaram e desembarcaram e que faz parte da história de muitas pessoas encontra-se esquecido às margens da PE- 275, com portas lacradas, muito mato em volta e meio arruinada.
Visão da estação de satélite. (Fonte: Google).

A estação em Janeiro de 2010. (Foto: Arquivo pessoal - Janeiro de 2010).
Podem-se notar as portas e janelas da estação lacradas. (Foto: Arquivo pessoal - Janeiro de 2010).

A estação de outro ângulo. (Foto: Arquivo pessoal - Janeiro de 2010).

O velho dístico da estação. (Foto: Arquivo pessoal - Janeiro de 2010).

Vista da plataforma da estação, já há muito tempo desativada. (Foto: Arquivo pessoal - Janeiro de 2010).

Após Albuquerque Nè, os trilhos seguem em direção a Irajaí. (Foto: Arquivo pessoal - Janeiro de 2010).

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Uma tentativa de ferreomodelismo

  Em Janeiro (2011), ao pesquisar sobre o hobby do ferreomodelismo, notei que as miniaturas no geral retratam ferrovias do Sul ou Sudeste, tanto nos pequenos trens quanto estações. Daí me desafiei: Tentar desenvolver uma estaçãozinha das de Pernambuco em miniatura, sem ter técnica alguma. Na minha mente logo veio a estação Central do Recife, mas pelos detalhes e pela complexidade mudei de ideia. Também pensei em retratar Jaboatão, Bezerros, mas no final de tudo decidi tentar modelar a pequena estação de Sanharó.
  O material base principal que escolhi foram paletas médicas, aquelas que parecem com palitos de picolé mais largos e servem para abaixar a língua. Passou-se Janeiro, Fevereiro, Março, Abril, e em Maio, depois de muitas desistências parciais, ausência de tempo disponível para dar continuidade ao meu trabalho, conclui parcialmente.
  Embora não tenha ficado um trabalho tão resistente, apesar de todo o trabalho que tive, realmente valeu a pena. Falta só colar a plataforma e alguns outros detalhes, mas até que ficou bonita. Mesmo não totalmente concluída, a estaçãozinha enfeita a sala de estar de minha casa. (André Luiz)

Logo no início da construção. Até esse momento os obstáculos ainda não eram grandes. (Foto: Arquivo pessoal - Fevereiro de 2011).



A pintura: Achar a tinta adequada e fazer o mínimo detalhamento exigiu muita paciência. (Foto: Arquivo pessoal - Março de 2011).


Desenvolvendo o telhado. 


Depois de muito trabalho... (Foto: Arquivo Pessoal - Abril / Maio de 2011).



Aqui a estação real. (Foto: Arquivo pessoal - Janeiro de 2009).

Por que não em Pernambuco?

  Um dos objetivos do Projeto Memória Ferroviária de Pernambuco é o incentivo para uma ferrovia turística em nosso estado. É com base nesta nossa meta que publicamos essa breve postagem de incentivo: Por que não em Pernambuco? Minas Gerais tem suas ferrovias turísticas, São Paulo, o Rio Grande do Sul, dentre outros. As ferrovias pernambucanas tem muitas belezas e atrações turísticas também.
Locomotiva em Tiradentes, da Estrada de Ferro Oeste de Minas. (Fonte: Wikipédia).

Trem do Pantanal, no Mato Grosso do Sul. (Fonte: www.fatonotorio.com.br).
Locomotiva da Estrada de Ferro Campinas a Jaguariúna, em São Paulo. (Fonte: Wikipédia).
Trem do Vinho, no Rio Grande do Sul. (Fonte: souaventureiro.com.br).
  Mais uma vez faço a pergunta: Por que não em Pernambuco?