segunda-feira, 20 de junho de 2011

As oficinas de Jaboatão

  Como já dissemos em muitas postagens, Jaboatão abriga grande parte da história ferroviária de Pernambuco. Em 1885 o trem chegou a esta cidade. Em 1912 foram centralizadas pela G.W.B.R. para Jaboatão suas principais oficinas, como diz o livro "História de uma estrada de ferro no Nordeste":

" (1912) Remonta a esse tempo a centralização das oficinas de Jaboatão, para onde convergia a maior parte dos serviços feitos no Barbalho, no Arraial, em Palmares e em Cabedelo. Em conexão com tal iniciativa, construiu-se uma verdadeira vila operária, tendo sido, em 1912, edificadas 68 casas para operários e 10 para trabalhadores mais graduados. As oficinas de Jaboatão, diz um documento dessa época que vinham sendo aumentadas e modernizadas, eram o centro de consertos para toda a rede. Estando situadas na Linha Central, em Pernambuco, a dezessete quilômetros de Recife. Incluíam oficinas de reparos ou completa reconstrução de locomotivas, vagões e carros, além de fundições, forjas, serrarias, caldeiraria e secção de máquinas operatrizes, secção de pintura, depósito de madeira, almoxarifado, etc. A secção de desmontagem e montagem dispunha de diques e facilidades para atender a grande número de locomotivas, bem como estava equipada com dois guindastes elétricos de tráfego aéreo, de 30 toneladas de capacidade. Todo maquinismo era trabalhado por transmissão, exceto os tornos de rodas, as plainas, as bombas e o compressor de ar para ferramenta pneumática, que tinham motor próprio... 
  A casa de força possuia dois jogos de máquinas a vapor, de alta pressão, diretamente ligadas a geradores, cada um com 200 kilowatts. Atualmente (1946), as oficinas de Jaboatão ocupam uma área de 42.227 metros quadrados."
  
  As oficinas de Jaboatão trouxeram muitos progressos a esta cidade, como empregos e outros avanços econômicos. Há cerca de 10 anos atrás ainda foram utilizadas para reparos e atual pintura dos carros da linha diesel do Sistema de Trens Urbanos do Recife. Em 2009, o Projeto Memória Ferroviária de Pernambuco conseguiu o acesso ao local. Presenciamos o abandono de algo que um dia foi tão movimentado.
  O local na época (2009) era guardado e parece que ainda é por uma empresa de segurança contrada pelo Governo Federal. São vários e imensos galpões, máquinas abandonadas, o mato toma conta de algumas partes, alguns vagões abandonados, enfim, o que vimos não nos esqueceremos mais, pois é um local que abriga muita história.
  Fizemos poucas fotos, mas planejamos voltar lá e fazer mais registros.
Vagão abandonado em um dos galpões. (Foto: Arquivo pessoal - 2009).

(Foto: Arquivo pessoal - 2009).

(Foto: Arquivo pessoal - 2009).

Interior das oficinas. (Foto: Arquivo pessoal - 2009).


Rodeiro abandonado no interior das oficinas. (Foto: Arquivo pessoal - 2009).

Alguns instrumentos das oficinas, meio intactos. (Foto: Arquivo pessoal - 2009).

Caixas d'água ou para armazenamento de óleo. (Foto: Arquivo pessoal - 2009).

Em frente aos galpões. (Foto: Arquivo pessoal - 2009).
Foto de satélite das oficinas. (Imagem: Google).
Imagem de 1959 das Oficinas. (Fonte: jaboataodosguararapes.blogspot.com)

Dê sua colaboração

  O Projeto Memória Ferroviária de Pernambuco que visa resgatar a história de nossas estradas de ferro faz bem-vindas quaisquer colaborações externas. Se você tem alguma história vivenciada nas ferrovias pernambucanas, numa estação, alguma foto antiga, envie para nós que vamos publicá-la com prazer. 
  Nosso e-mail é: mfpe1858@hotmail.com 
  Obrigado!  
Túnel de Maraial. (Foto: Arquivo pessoal - Janeiro de 2010).
 

A chegada do trem a Caruaru

  Segundo uma notícia publicada no site do Sindicato dos Metroviários de Pernambuco, Caruaru terá talvez seu VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) aproveitando a antiga malha da Linha Centro que cruza a cidade e corta 17 bairros seus. Baseando-se nessa boa notícia vamos relembrar o ano de 1895, no qual o trem chegou a Caruaru.
  O seguinte texto que conta essa história foi escrito por Humberto França e retirado do site da Fundação Joaquim Nabuco e conta o curioso dia da chegada do trem em Caruaru: Veja:


                                      Caruaru, o Trem e a Macaca


No governo do prefeito Manuel Rodrigues (Neco) Porto, em 1895, o trem chegou a Caruaru. A locomotiva foi batizada com o nome de “Barbosa Lima
”, que era, então, o governador de Pernambuco. A chegada da assombrosa máquina foi uma festa para os mais esclarecidos moradores da cidade. Bandas de músicas, foguetório, gente correndo para todos os lados, vaias de moleques, gritos de senhoras e moças, uma azáfama terrível de crianças. A poeira subindo, vendedores com tabuleiros de jinjibirras, doces, cachaça, bolos, algodão-doce, pirulitos e tudo o que se podia vender numa ocasião daquelas, quando a multidão enchia a grande praça da estação em frente ao prédio erguido por Papai Léléo, avô de Aurélio de Limeira Tejo, que, depois, passou a ser propriedade da empresaBoxwell.
Mas, o ano que antecedeu a chegada da fantástica máquina foi um período de intermináveis conversas, invenções, versões disparatadas, medos e ansiedades e de condenações de religiosos mais conservadores. O que seria aquilo? Uma coisa do demônio, diziam. Dona Vevéia, uma preta rezadeira que morava no bairro do Centenário, ela mesma com mais de setenta anos de idade, nos idos de 1960, relatou ao articulista a sua versão dos fatos. A anciã estivera presente na estação ferroviária naquele dia histórico para Caruaru. Segundo dona Vevéia, ao surgirem as primeiras informações sobre o trem, um rebuliço tomou a cidade. Os matutos vinham sendo advertidos a respeito do “perigo”, que aquelas máquinas, os trens, representavam. Comentava-se que o célebre missionário, padre Ibiapina, conhecido pelo nome de “padre Piapina”, havia pregado em missões... que um bicho preto, enorme, viria correndo pelos campos, dando gritos terríveis e lançando fogo pelas ventas, para anunciar o fim do mundo. E, portanto, a população humilde ficou apavorada, temendo que o tal “bicho” iria devorar os pecadores e instalar o “Dia do Juízo final” em Caruaru.
As beatas iniciaram novenas intermináveis. Fazia-se jejum. Algumas mulheres esfolavam os joelhos, pagando promessas, ou limavam os dedos de tanto rezarem com seus rosários. Santinha Felissíssima, a mais famosa dentre todas, amarrou-se a um crucifixo em frente à igreja catedral. Outra religiosa organizou pregações no Monte do Bom Jesus. As procissões noturnas começavam às três horas da manhã, com toques de matracas e sinos.
No dia fatídico em que o trem, afinal, chegaria a Caruaru, muita gente dos arredores da cidade,  estava em pânico. Dona Vevéia, quando ainda criança, seguiu com a madrinha para um alto, de onde se poderia ver o tremendo “bicho”. Ao ouvir os primeiros apitos do trem, as beatas que também ali se encontravam, correram em disparada para a igreja do distrito. Dona Vevéia, ao avistar aquela máquina enorme, largando fogo e fumaça e fazendo um barulho dos infernos, ficou cega e, tateando, correu em direção à sua casa, aos gritos e em prantos. Em seguida, desmaiou.  O sacristão Sertossanto Limeira tocava o sino sem parar e o seu ajudante lançava água benta naqueles que se refugiaram na capelinha, com os braços erguidos, implorando salvação e confessando, aos gritos, todos os pecados cometidos. Muita gente, da rua, pulava pelas janelas e caía sobre os que estavam no templo. Sacrementina Salvação derrubou o castiçal-mor, e pensaram que a luz das velas seria um raio fulminante enviado pelo Criador. A confusão foi geral e uma macaca de circo foi morta a pauladas, pensando-se que se tratava de um dos demônios fugidos do trem.           
Passada a agitação inicial, e o trem se distanciando, tudo se acalmou. Santino Santarrita, parente distante de Álvaro Lins, tentou convencer os presentes traumatizados, afirmando que a locomotiva não era demônio nenhum. Mas, apenas uma máquina inventada no estrangeiro. As mulheres ainda tremiam. Outras choravam baixinho, com seus vestidos rasgados, feridas. No entanto, a custo, a tranqüilidade se restabeleceu. A menina Vevéia tinha aspirado sais e tomado um gole de Água das Carmelitas. Recobrou os sentidos. Ouvia-se, bem longe, o som dos apitos. O sol escaldava. O vento cessara. E veio um silêncio quando o trem chegou à Estação Ferroviária de Caruaru. A Modernidade começava.
A estação de Caruaru em 2009. Ainda traz na sua fachada a sigla da Rede Ferroviária do Nordeste - RFN. (Foto: Arquivo pessoal - Janeiro de 2009).

O pátio da estação Caruaru. O último trem que passou por aqui foi o do Forró, em 2001. (Foto: Arquivo pessoal - Janeiro de 2009).

A estação de outro ângulo, com o armazém em primeiro plano. (Foto: Arquivo pessoal - Janeiro de 2009).
A mesma estação não recebe trens desde 2001 e o último que passou por aqui foi o Trem do Forró que teve de mudar sua rota por problemas de falta de conservação nesta linha. Agora, com essa possível chegada do VLT, pelo ao menos o trecho da linha que passa por Caruaru estará conservado aumentando até a esperança de um trem turístico na Linha Centro e até o retorno do Trem do Forró.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

MFPE no METROREC

  Neste sábado, 11 de Junho, eu (André Luiz), em resposta a um grande convite de José Gomes que é operador do metrô do Recife, fui ter uma melhor visão do que é o METROREC. Fizemos viagens de ida e volta em cada uma das linhas eletrificadas da rede na cabine dos trens; primeiro a Linha Sul (Estação Central – Cajueiro Seco), depois a Linha Centro (Central – Jaboatão) e por fim Central – Camaragibe.
Estação Central do Metrorec (Foto: Arquivo pessoal - Junho de 2011).

  Todas as viagens foram ótimas e em cada uma delas José Gomes me deu valiosas aulas sobre o METROREC. Aprendi o quanto o sistema é organizado, desde a disposição de horários para atender à crescente demanda da população da Região Metropolitana do Recife até a  esquematização de segurança que é muito preventiva e bem elaborada.
  Apesar dos muitos trens em circulação, a organização dos mesmos praticamente impede o risco de colisões entre os mesmos. As viagens são muito rápidas e oferecem um certo conforto ao passageiro. Recentemente foi concluída a plena climatização de todos os carros, eliminando de vez o desconforto proporcionado pelo calor em dias de sol.
Oficinas de Cavaleiro. (Foto: José Gomes - Junho de 2011)

(Foto: José Gomes - Junho de 2011).

(Foto: José Gomes - Junho de 2011).

Vários trens estacionados em Cavaleiro. (Foto: José Gomes - Junho de 2011).
  O sistema dispõe de várias estações de energia que praticamente inibem o risco de interrupção total da operação por queda de energia. Há também um enorme complexo de oficinas em Cavaleiro para reparos, manutenção, limpeza, além de centros de pesquisa para a melhoria da rede.
A metrovia para Camaragibe, no momento em que cruza a Mata dos Brennand. (Foto: Arquivo pessoal - Junho de 2011). 

  O esquema de segurança é grande. Os trens são programados para várias situações. O bom funcionamento desse esquema também se deve ao conjunto de trabalho entre operadores, centro de controle e policiais ferroviários. Cabe também ao usuário respeitar as normas que lhes são impostas, tendo paciência, atenção e respeito. 
José Gomes, operador do METROREC e grande colaborador do MFPE.
  Com o advento da Copa do Mundo de Futebol de 2014, está programada a chegada de mais 15 trens para o sistema de Recife. Estão sendo construídos terminais integrados e uma estação, a de Cosme e Damião, entre Camaragibe e Rodoviária.
  Segundo José Gomes, uma composição do METROREC tem a capacidade de transportar 1200 pessoas e além dessa grande vantagem em relação a outros transportes terrestres, não polui o Meio Ambiente e é com esses e outros pontos que o Metrô representa a evolução do sistema ferroviário do Recife e região metropolitana.   
Pátio da estação Central na década de 1970. (Foto: Sindicato dos metroviários de Pernambuco).

O pátio da estação Central em 2011. (Foto: Arquivo pessoal - Junho de 2011).

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Uma grande e marcante viagem: Jaboatão a Arcoverde de trem.

  A última opção para uma ferrovia turística de nossa enquete sobre a qual falaremos é a vencedora, Jaboatão a Arcoverde. Em relação ao percurso, de cerca de 252 km, parte da conturbada região metropolitana do Recife em direção à tranquilidade interiorana de Pernambuco. Atravessa a Zona da Mata, o Agreste, e chega até a "porta do Sertão", Arcoverde. Durante todo o trajeto, belas e inesquecíveis paisagens, começando pelos canaviais e trechos da Mata Atlântica em Jaboatão, Moreno e Vitória. Passando pela cidade de Pombos, nota-se a transição de vegetação da Mata para a caatinga do Agreste. Também é nesta cidade onde se encontra o primeiro dos 14 túneis que cortam a Serra das Russas, fora as grandes pontes e pontilhões de concreto. Vencida a Serra, apresentam-se muitas áreas planas nas regiões de Bezerros e Caruaru.
  Daí vem as localidades de São Caetano, Tacaimbó, Belo Jardim, Sanharó, Pesqueira e em Mimoso pode-se observar o que em boa parte do ano é um "oásis" no Agreste, devido aos muitos riachos e a fertilidade da terra do lugar. 
  Passado todo o Agreste, é alcançado o Sertão e o ponto final do trecho, Arcoverde.
  Em relação às estações: Jaboatão é a estação inicial do trecho por vários motivos, alguns destes são o seu grande valor histórico, sua localização e capacidade, dentre outros fatores. Seguindo pela linha, a próxima estação é Moreno. Em seguida, a parada de Tapera, o que sobrou de Tamatamerim (uma caixa d'água às margens da BR-232), Vitória e Pombos no início do Agreste. Na Serra das Russas há o que sobrou da estação de Russinha e Cascavel, em seguida Gravatá, a Suíça pernambucana com seu artesanato, seus doces abacaxis e, para completar, aquele gostoso clima serrano. Após isso, o pequeno povoado de Insurreição e, em seguida, a bela cidade de Bezerros, a terra dos Papangus, dos artistas da cultura popular J. Borges e Robeval Lima. Este é um dos principais responsáveis pela atual preservação da estação local e pela confecção de muitas obras plásticas, inclusive máscaras que caracterizam o carnaval local. 
  A parada de Gonçalves Ferreira é a entrada para a cidade de Caruaru, a capital do forró, onde há muitas atrações culturais como as obras do Mestre Vitalino e o pátio do forró, próximo à estação.
  São Caetano vem em seguida, a terra de onde vieram  os Meninos de São Caetano ou a Banda sinfônica do Agreste. Depois Tacaimbó, a terra do maxixe, não a dança e sim a hortaliça muito apreciada na região. 
  A ferrovia segue por Belo Jardim, a terra dos músicos e do Açude Bitury, um dos maiores da região; Sanharó é a próxima parada, a terra do leite, do queijo e da carne de sol.
  Depois Pesqueira, a terra do doce, dos índios xucuru e de um monumental castelo e Ipanema, que mesmo com sua estação demolida é o próximo ponto, em um agradável vilarejo homônimo, um dos locais por onde passará a nova Transnordestina. Alguns quilômetros a frente, Mimoso, um pequeno e também agradável povoado, onde há muitos plantios de pinha.
  Por fim, "a porta do Sertão", Arcoverde, antiga estação de Barão de Rio Branco. Uma das atrações desta cidade é o cinema mais antigo em funcionamento do Brasil. Nesta cidade destacam-se o artesanato e literatura de cordel. Em resumo, seria um viagem e tanto. Claro que são apenas planos, mas quem sabe um dia...
Estação Bezerros. (Foto: Arquivo pessoal - 2008).

Estação São Caetano. (Foto: Arquivo pessoal - Janeiro de 2011).

Estação Caruaru. (Foto: Arquivo pessoal - Janeiro de 2009).

Estação Gravatá. (Foto: Arquivo pessoal - 2008).

A estação de Jaboatão precisa ser preservada antes de tudo. (Foto: Arquivo pessoal - 2009)

Estação Mimoso. (Foto: Arquivo pessoal - Janeiro de 2009).

Estação Moreno. (Foto: Arquivo pessoal - Setembro de 2008).

Estação Pesqueira. (Foto: Arquivo pessoal - Janeiro de 2009).

A estação de Pombos sem uma preservação efetiva. (Foto: Arquivo  pessoal - 2009).

Estação Sanharó. (Foto: Arquivo pessoal - Janeiro de 2009).

Estação de Tacaimbó, a terra do maxixe. (Foto: Arquivo pessoal - Janeiro de 2009).

A estação de Vitória de Santo Antão. (Foto: Arquivo pessoal - 2008).
O castelo que fica em Pesqueira. (Foto: arquivo pessoal - Janeiro de 2009).

Cada cidade no trajeto tem seus destaques particulares, Sanharó é a terra do leite e do queijo. (Foto: Arquivo pessoal - Janeiro de 2009)

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Cabo - Caruaru: Uma opção para o turismo

  Falando da abertura de uma ferrovia turística em Pernambuco, vimos nas postagens anteriores alguns trechos que poderiam ser utilizados no turismo. Nestas postagens estamos falando em relação aos trechos sugeridos em nossa enquete. Já foi falado em Camaragibe - Nazaré, Cabo - Palmares e agora falaremos um pouco sobre Cabo - Caruaru. Na próxima postagem da série falaremos da sugestão vencedora da enquete, Jaboatão - Arcoverde.
  Cabo - Caruaru é uma opção que une duas linhas. O trem sairia do Cabo, voltando pela linha e passando pelas estações de Santo Inácio, Ponte dos Carvalhos, Pontezinha, Ângelo de Souza, Marcos Freire e no pátio da estação Jorge Lins pegaria uma saída para Linha Centro alcançando Jaboatão (antes desta Floriano) e, logo Caruaru.
  A viagem com certeza seria interessante uma vez que a estação Jorge Lins é uma das triangulares ainda existentes no Brasil; como veremos mais detalhadamente na próxima postagem, a Serra das Russas reserva muitas belezas com seus túneis e viadutos de concreto. Por fim a capital do forró. Com a via recuperada o famoso trem das festas juninas poderia voltar a ter seu velho destino, o de Caruaru.
Estação Caruaru. (Foto: Arquivo pessoal - Janeiro de 2009).

O pátio da estação Caruaru. (Foto: Arquivo pessoal - Janeiro de 2009).

A estação de Pombos poderia voltar a ter sua antiga e boa função, além de outras abrangidas . (Foto: Arquivo pessoal -  2009).

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Cabo - Palmares: O trecho mais antigo do estado

  Para uma ferrovia turística em Pernambuco, os trechos mais antigos são os da Linha Sul. Cabo a Palmares é o mais velho, inaugurado entre 1858 e 1862. Além de ter muita história o referido trecho, as belas paisagens da zona da mata são ainda mais intensas nele , isto é, imensos canaviais e maiores trechos do que sobrou da mata atlântica, vários rios e riachos, enfim, muita beleza.
  Um túnel faz parte dessa rota, o do Pavão; localizado a poucos quilômetros do Cabo, foi o primeiro construído no Brasil. Então, tudo isso seria aproveitado em uma ferrovia turística nesse trecho. As cidades cortadas: Cabo, Escada, Ribeirão, Gameleira e Joaquim Nabuco. Muitas estações são de antigas usinas (das quais não sabemos o estado atual ainda), algumas já demolidas, outras parcialmente preservadas e outras realmente preservadas, como é o caso de Cabo, Joaquim Nabuco e Palmares. Seriam por volta de 92km de recordações, apesar que a abrangência turística poderia ser aumentada para outras cidades após Palmares que também tiveram sua importância na história dessa ferrovia, como: Catende, Jaqueira, Maraial, Quipapá.

Estação Palmares. (Foto: Arquivo pessoal - Janeiro de 2010).

O túnel do Pavão. (Foto: Arquivo pessoal - Janeiro de 2010).

Estação do Cabo. (Foto: Arquivo pessoal - 2009).

terça-feira, 7 de junho de 2011

Camaragibe – Nazaré da Mata: Uma opção para o turismo

    Se fosse ser instituída uma ferrovia turística em Pernambuco compreendida entre Camaragibe e Nazaré da Mata haveriam alguns pontos que deveriam ser estudados, como a recuperação de algumas estações como Paudalho e Camaragibe, esta última principalmente pelo péssimo estado em que se encontra. Também deve-se observar que a referida linha é utilizada pelos cargueiros da Transnordestina Logística.
  A paisagem da Zona da Mata proporcionaria uma ótima viagem, em meio a canavias, atravessando rios e riachos, restos de Mata Atlântica, enfim, muitas belezas. O trecho foi inaugurado entre 1881 e 1882.  As estações componentes do trecho seriam: Camaragibe, São Lourenço, Tiuma, Pirassirica (demolida), Mussurepe (parada), São Severino (embora a estação esteja demolida, o povoado é importante e a ferrovia fez parte de sua história), Paudalho, Carpina, Tracunhaém (embora demolida) e Nazaré da Mata. O percurso é de cerca de 53 km, mas com estudos depois poderia ser prolongado a outras cidades importantes para essa ferrovia como Aliança e Timbaúba.
Estação Nazaré da Mata. (Foto: Arquivo pessoal - Agosto de 2010).

Estação Carpina. (Foto: Arquivo pessoal: Agosto de 2010)

Estação Paudalho (Foto: Arquivo pessoal - Agosto de 2010).

Estação Camaragibe. (Foto: Arquivo pessoal: 2009).

Estação São Lourenço. (Foto: Arquivo pessoal - 2009)

Estação Tiuma. (Foto: Arquivo pessoal - 2009).