quarta-feira, 21 de setembro de 2011

MFPE: Como tudo começou

  Eu (André Luiz) já me interessava desde pequeno pelos trens embora não tenha os alcançado em seu pleno funcionamento. Sempre gostei de ir à estação Central do Recife com meus pais para ver aquelas velhas locomotivas e ficava fascinado com tudo aquilo. Lembro quando na Integração de Jaboatão, no fim da década de 1990, vi o Trem do Forró enfeitado seguindo para Caruaru e esta foi uma das poucas vezes que pude ver um trem funcionando. Foi maravilhoso!
  Em 2006, tomei conhecimento de que em nosso estado ainda havia um trem antigo, o Trem do Cabo. Daí, pela primeira vez, pude andar de trem. Contudo, já havia muitas vezes utilizado o metrô.
  Os anos passaram e eu sempre mantive esse interesse pela ferrovia, principalmente, por sua história, até que em 2008, tomei conhecimento no site "Estações Ferroviárias do Brasil" de que Pernambuco tinha muitos quilômetros de ferrovia e estações, em resumo, muita história a ser conhecida. A partir daí, tive o desejo de conhecer essas muitas estações. 
  Eu e minha família decidimos começar pela estação de Moreno, por sua proximidade de Recife e pelo fácil acesso. Então, no dia 29 de Setembro de 2008 fizemos, na verdade, um ótimo passeio onde conhecemos a agradável cidade de Moreno e, o principal objetivo, a velha estação ferroviária. Esse foi o marco inicial do Projeto Memória Ferroviária de Pernambuco que foi mais tarde idealizado por completo, cujo objetivo é promover a preservação da história da ferrovia no estado.

Foto da estação de Moreno no dia 29 de Setembro de 2008, marco inicial do Projeto Memória Ferroviária de Pernambuco.

sábado, 10 de setembro de 2011

Episódio interessante em Palmares

  Retirada do livro " Antologia ferroviária do Nordeste" de Alcindo Souza, a breve história a seguir trata de um episódio curioso ocorrido em nossas ferrovias.
  " Este fato causou grande repercussão na cidade de Palmares em meados dos anos de 1940. Se lenda ou realidade, ainda não se chegou a uma conclusão, mas o povo acredita que o fato tenha mesmo ocorrido. Muito embora a composição do trem MS-2 já houvesse partido da estação de Palmares com destino a Recife, uma anciã, bem marcada pelo tempo, insistiu junto ao bilheteiro para que lhes vendesse uma passagem de 2ª classe para a capital pernambucana. A negativa do funcionário deveu-se à falta de outro trem naquele dia. A anciã, então, convicta que o trem MS-2 regressaria para apanhá-la, insistiu junto ao bilheteiro, até que a locomotiva da composição, não vencendo o aclive do quilômetro 119 ( a cerca de 6 quilômetros da estação), retornou a estação de Palmares. Desatrelada da composição, a locomotiva foi recolhida às oficinas para exame, não ficando constatado nenhum defeito. Tão logo, a velhinha subiu ao trem, a composição partiu sem mais contratempo. Ninguém até hoje soube explicar este fato tão curioso." 
A estação de Palmares. (Foto: Arquivo pessoal - Janeiro de 2010).